X-Men: Fênix Negra e o primeiro filme da saga protagonizado por uma mulher

Na última quinta-feira (06), o capítulo final da saga X-Men como a conhecemos entrou em cartaz nos cinemas. Com o subtítulo de Fênix Negra, o longa-metragem traz uma fase delicada da vida da mutante Jean Grey para o centro da narrativa, e encerra mais uma fase dessa história.

Com uma personagem tão forte como a Fênix Negra de Jean, a expectativa era alta para o primeiro filme “solo” da franquia X-Men protagonizado por uma mulher – no qual as demais figuras marcantes do universo aparecem como meros coadjuvantes. A força da complexa heroína sempre fora um destaque dentro e fora da ficção; considerando a potência de sua personalidade e a grandiosidade de seus poderes.

Imagem: divulgação

Pela segunda vez, a jovem Sophie Turner (Game of Thrones) dá vida à emblemática mutante – tendo sido introduzida à série de filmes em X-Men: Apocalipse (2016). Já nos anteriores X-Men: O Filme (2000), X-Men 2 (2003), X-Men: O Confronto Final (2006), Wolverine: Imortal (2013) e X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido (2014), a atriz holandesa Famke Janssen interpretou a Fênix de cabelos vermelhos em idade mais madura.

No filme que leva seu principal codinome, Jean simboliza o fechamento de um ciclo de quase duas décadas, no qual a 20th Century Fox atuou como produtora majoritária e distribuidora independente; anteriormente, por conta própria e, agora, já como parte da Walt Disney Studios. Assim, o longa é lançado no mesmo ano em que Capitã Marvel (de Anna Boden e Ryan Fleck) faz a sua estreia nos cinemas e dá o pontapé para as super-heroínas Marvel.

Claramente, tantas outras personagens femininas foram retratadas ao longo dos dez anos do Universo Cinematográfico Marvel (ou, MCU, como é conhecido em inglês) – através da popular Viúva Negra (interpretada por Scarlett Johansson), por exemplo. No entanto, somente neste ano, os filmes solo com heroínas originárias da Marvel Comics tiveram a sua vez, com os longas da Capitã e da Fênix.

Imagem: divulgação

Apesar disso, e diferentemente do outro título de 2019, o mais recente X-Men tem de lidar com certa rejeição por parte da crítica e do público. Para tanto, um roteiro desinteressante – com um desenvolvimento anti-climático –, a má direção de núcleo do elenco estelar (com Jessica Chastain, como a vilã Smith; e James McAvoy, Jennifer Lawrence e Michael Fassbender, que repetem, respectivamente, seus papéis de Charles Xavier, Mística e Magneto) e a grande quantidade de diálogos ultraclichês reduzem abruptamente a qualidade da produção.

É uma pena que um longa sobre uma personagem como Jean Grey some-se à lista de filmes do calibre de Demolidor (2003) e Quarteto Fantástico (2005) – ambos da Fox –. de qualidade duvidosa e de formato padrão; com cenas de luta e efeitos especiais medíocres, e uma direção de arte comum.

Mística (Jennifer Lawrence) / Divulgação

Mesmo que a história de Jean seja, de fato, digna de enfoque, o comodismo da produção revela-se um tiro no próprio pé ao entregar-nos uma fórmula pronta, uma vez que a necessidade de inovação em longas de super-heróis é cada vez mais urgente. Não à toa, o MCU tende a fazer tanto sucesso a cada título lançado, justamente por causa da originalidade e da particularidade de suas obras.

De qualquer forma, se você é fã dos mutantes de X-Men, é válido que dê uma última atenção ao filme da Fênix – muito mais pelo reconhecimento de sua breve importância social do que por sua qualidade, em si.

Ficha técnica

Direção: Simon Kinberg

Duração: 1h54

País: EUA

Ano: 2019

Elenco: Sophie Turner, James McAvoy, Michael Fassbender

Gênero: Ação, Fantasia

Distribuição: Fox Film do Brasil

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