Tag: adolescência
Tarde para Morrer Jovem, um coming-of-age chileno
A Noite Amarela: crescer pode parecer horrível
Big Mouth (Netflix): 3ª temp. é ainda mais divertida
Euphoria (HBO): adolescência e magnetismo
O Mau Exemplo de Cameron Post e a falácia da “cura gay”
Sócrates, a história solitária de um jovem negro e homossexual que representará o Brasil no Spirit Award 2019
Depois de perder a mãe repentinamente, o jovem Sócrates (Christian Malheiros), de 15 anos, precisa enfrentar um luto solitário e sobreviver por conta própria. O garoto, negro, homossexual e morador da periferia da Baixada Santista, litoral de São Paulo, tinha a mãe como sua única família. Ao perdê-la, se vê sem ter idade para arrumar um emprego e correndo o risco de ter que viver em um abrigo ou com um pai que despreza.
5 filmes brasileiros de coming-of-age
Assim como na vida real, grande parte da juventude cinematográfica se vê em verdadeiras crises existenciais. Em Hollywood, essa fase da vida fora representada massivamente na década de 80 – com longas-metragens como Clube dos Cinco (1985), Curtindo a Vida Adoidado (1986), Conta Comigo (1986) e A Garota de Rosa-Shocking (1986). Todas essas produções, por exemplo, se enquadram como “filmes para adolescentes”. Já no Brasil, devido à certa precariedade do cinema nacional, apenas tardiamente o amadurecimento dos jovens foi abordado de forma aprofundada. Confira 5 filmes brasileiros de coming-of-age que merecem ser assistidos:
1. AS MELHORES COISAS DO MUNDO (2010)
Dirigido por Laís Bodanzky, As Melhores Coisas do Mundo foi inspirado na série de livros Mano (de Gilberto Dimenstein e Heloísa Prieto). O filme conta o período de um mês da vida do adolescente paulistano de mesmo nome da obra original. Mano (Francisco Miguez), um jovem sensível e tímido, tem de lidar com as adversidades da juventude na escola e em casa. Seus pais acabaram de se separar, seu irmão está cada vez mais distante e a pressão dos colegas nunca fora tão forte. Assim, Mano amadurece sutilmente diante da necessidade de enfrentamento de tais dificuldades.
A produção levou os prêmios de Melhor Filme do Festival Internacional de Cine para la Infancia y la Juventud (Madrid, 2011); e de Melhor Ator Coadjuvante (Caio Blat) no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (2011). Disponível no Telecine Play.
Trailer (Fonte: YouTube / Warner Bros. Pictures Brasil)
2. DO COMEÇO AO FIM (2009)
O longa-metragem trata de verdadeiros tabus, como homossexualidade e incesto. De Aluizio Abranches, a história de amor de Tomaz (Rafael Cardoso) e Francisco (João Gabriel Vasconcellos) causou rejeição de grande parte do público, por mostrar dois irmãos tendo um relacionamento amoroso. De mesma mãe e pais diferentes, os irmãos eram próximos desde a infância, o que desperta certo estranhamento nos demais personagens. Já adultos, Tomaz e Francisco têm a chance de viver a relação há muito desejada. Disponível no Vimeo.
Trailer (Fonte: YouTube / Downtown Filmes)
3. O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS (2006)
Filme semi-autobiográfico do diretor e roteirista Cao Hamburguer. Em 1970, Mauro (Michel Joelsas) é um garoto de 12 anos que vê sua vida mudar quando os pais saem repentinamente de férias. Após a morte do avô, que tomaria conta do menino até o retorno de seus pais, Mauro fica sob os cuidados de Shlomo (Germano Haiut), um vizinho judeu. O longa aborda a questão da perseguição política durante a ditadura militar.
Foi indicado pelo Ministério da Cultura como representante brasileiro de Filme Estrangeiro ao Oscar 2008; e está na 99ª posição da lista de Melhores Filmes Brasileiros, segundo a Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Disponível no YouTube.
Trailer (Fonte: YouTube / canalgullane)
4. CALIFÓRNIA (2015)